quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Hulk na encruzilhada é mais importante do que as demais histórias compiladas na Coleção Histórica?


Quando um arco intitulado "Encruzilhadas" se torna quase tão datado quanto "Hulk esmaga".

Por um longo período de tempo presenciei pessoas pedindo por "Encruzilhada" em tudo quanto é lançamentos voltados ao Hulk. Para os mais desavisados, Encruzilhadas é um arco que finaliza a passagem do roteirista Bill Mantlo à frente da revista "Incredible Hulk", começando a partir da edição de número #301 e finalizando na edição de número #313 do título, que inclui histórias que se cruzam com duas edições do título da Tropa Alfa, a edição #28 com roteiros de John Byrne e a edição #29, escrita por Bill Mantlo.


Roteiros de John Byrne.


Roteiros de Bill Mantlo.

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O arco em si consiste em apenas um ponto, mostrar que a ameaça que o Hulk representa na Terra não seria nada perto do que ele enfrentaria em outra dimensão. Bill Mantlo (roteiros), Sal Buscema (desenhos) e Gerry Talaoc (arte-final) introduzem um irracional Hulk para uma jornada ao desconhecido, na qual ele poderia fazer tanto amigos como inimigos. O Golias Verde sentiria na pele a dor de ser ferido por seres inferiores (ou não tanto assim).


Uma história tocante publicada em "Incredible Hulk Annual" #13, com roteiros de Bill Mantlo e arte de Alan Kupperberg.

O arco apresenta resumos de acontecimentos passados, mas que não ficará claro sem um entendimento total da onde Bill Mantlo queria chegar tornando o Hulk uma criatura irracional, e essa é uma jornada que caminha além, e muito mais agradável por sinal, do que vermos um Hulk lutando por sobrevivência em um mundo estranho.



Os fissurados por "Planeta Hulk" certamente vão entender da onde veio a inspiração do roteirista Greg Pak, aqui numa pegada emocional muito mais forte por parte de Mantlo.



O arco pode ser facilmente avaliado como histórias com meras jornadas até o lado emocional característico do roteirista Bill Mantlo.


Após a história do anual, mais um dos grandes momentos do arco.

O retorno de novos desafetos não poderia faltar no arco.



Um alienígena que deu as caras na década de setenta.



Por mais interessante que seja, a jornada se estende um pouco demais da conta ao apresentar seres que serviriam como guia para o desorientado Hulk.


Mike Mignola se encarregaria de abrilhantar as capas, muito antes de ser conhecido por seu trabalho em "Hellboy", obviamente.

O Hulk sofre nas mãos de demônios ferozes.



Sal Buscema se despedindo dos traços do Hulk.



Ao tempo em que o bom e velho Hulk começa a retornar, se torna difícil para os leitores da velha escola se habituarem com as mudanças.



Mike Mignola se encarrega da arte.



A verdade sobre a origem do Hulk é revelada, a inspiração para o diretor Ang Lee para o drama apresentado na primeira adaptação cinematográfica do Hulk de 2003.


Período de "Guerras Secretas II", uma saga que passou batida por muitos.

Hulk retorna à Terra.



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A conclusão que eu chego é que o arco em si é deveras interessante e com algumas histórias que se salvam tranquilamente, como é de costume por parte dos roteiros de Mantlo. Porém a Marvel estava de mudanças, nada mais seria como antes. Se a Panini concluir a nova caixa com os quatro volumes da Coleção Histórica do Hulk (com sorte finalizando com esse arco), será interessante uma releitura, mas nada que se tornará memorável como as demais histórias escritas por Mantlo, um roteirista que nunca precisou se estender mais do que o necessário numa história para provar sua capacidade.

[ARTE NÃO FINALIZADA DE "IMMORTAL HULK"] - ARMA HELIOS.



By Joe Bennett.