De todos os Hulk's que já perambularam no Universo Marvel (616, claro), apenas dois deles foram muito bem trabalhados, o
Hulk Jones e a mais nova encarnação de
Jennifer Walters.
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Claro que as duas preferências em particular são nada mais do que o ponto de vista deste que vos fala, mas sinceramente, foram as que mais convenceram, pelo menos para mim. Rick Jones passaria a se transformar apenas ao anoitecer assumindo uma personalidade selvagem, justamente como se dava com Bruce Banner como o Hulk, que, acredito eu, é o preferido de todos os leitores, o golias esmeralda incompreendido que só queria ficar sozinho.
Já a prima de Banner, Jennifer, foi a única versão feminina do Hulk que mostrou ao mesmo tempo selvageria e auto-controle, afinal ela não foi aceita em equipes como Vingadores e Quarteto Fantástico da noite pro dia, e isso com um grande empurrão por parte de John Byrne, que direcionou a personagem para um todo novo status quo. Porém, os tempos mudam, o Hulk é uma maldição, e não uma dádiva, e conviver com um fardo desses não é para poucos, o que resta é aceitar tamanho poder, que em todos os casos ocorridos os beneficiados não se colocaram na frente de um maquinário e tão pouco absorveram radiação de outros, eles se originaram por intermédio de acidentes, nada premeditado.
"HULK" de Mariko Tamaki (roteiro) e Nico Leon (desenhos) mostra como devemos superar nossos traumas, no qual as cicatrizes ainda estão ali, mas que devemos ser fortes o bastante para que não nos deixemos cair em tentação. Perdas de entes queridos, sociedade turbulenta e o medo de ceder a sua própria fúria interna, tudo isso é muito bem trabalhado de edição a edição, a série também apresenta vários elementos tirados de filmes de horror, que apesar de simples, convenciam e ainda convencem muito.
Uma série essencial para todos aqueles que querem fugir do comum das histórias em quadrinhos e suas inúmeras tramas batidas, que na maioria dos casos não chegam a parte alguma. Por obvio é necessário um pequeno entendimento de "Guerra Civil II" para saber como se deu a parte principal da trama na qual a personagem seria direcionada para todo um novo conceito, mas mantendo o essencial de sua criação.
E que venham mais edições!
