quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Review de Hulk #9.


Donny Cates (roteiro), Ryan Ottley (arte), Marte Gracia e Matt Hollingsworth (cores) e VC's Cory Petit (letras) explicam o nascimento de Titã, o Hulk desencadeado do próprio Hulk.

Clique aqui para conferir a prévia da edição.

Após uma longa espera, o Hulk de Donny Cates e Ryan Ottley está de volta! Mas isso é bom ou ruim? Para muitos, ruim, considerando que a série não vem agradando os leitores que já tem um pé atrás com Cates, o queridinho da casa das ideias. A não contribuição de Frank Martin no trabalho por parte das cores, não prejudica a edição, Marte Gracia e Matt Hollingsworth, não desapontam, a nova equipe, junto com a arte de Ottley, oferece algo novo, ao menos para o que essa edição trabalha.

Esqueça o Hulk aterrissando no planeta que iniciara o novo arco da série. Titã, a nova persona malévola do Hulk, é o foco aqui. Bruce Banner usara e abusara de seu eu infantil e selvagem, Bruce achara que pode fazer tudo sozinho, ele mesmo parte para um tratamento de autoanalise, e é a partir deste ponto que Cates deve usar sua criatividade para trabalhar a nova ameaça. O escritor é cauteloso, os leitores são pegos numa revelação onde somos apresentados a um amigo de Bruce, aquele que ele pôde se apoiar e tentar esquecer um pouco a tragédia que rondara sua infância até a vida adulta.

Quando partirmos para a página em que Bruce Banner e seu amigo se comunicam, um certo receio toma conta do leitor, o receio de que surgimentos de continuidades retroativas desnecessárias, que a maior parte das HQs vem explorando atualmente na intenção de infundir pautas progressistas, possam descaracterizar todo um trabalho feito com o personagem. Mas tais continuidades são bem-vindas aqui, já que, o Titã provém da ciência, das próprias histórias em quadrinhos e dos videogames. É o escritor compartilhando os momentos felizes de sua vida com os seus próprios leitores.

Aquele que sempre voltara para assombrar Bruce, retornara, e o "Hulk Planet" do qual ele foi parar, não soa nada estranho para os leitores familiarizados com planetas que, ou dão as boas-vindas ao Hulk, ou será mais um lampejo de felicidade que logo será apagado.

Roteiro: constrói construtivamente a trama do novo arco.
Arte: Ryan Ottley faz o seu trabalho.
Equipe criativa: oferece um novo aspecto para a série.
Capa: propositalmente enganosa, já que a nova personagem aparece apenas no final da edição.
Avaliação final: 8.7


A prisão.


O tratamento.


A infância.


O amigo.


A solidão.


O lar.


O pai abusivo.


Memórias reprimidas.


O protocolo.


O capitão.


A terapia.


Formas de vida.


O respeito ao mais forte que existe.


Monstros.


A governanta.


Monólito.